A Administração Rural disponibiliza ao produtor ferramentas que, quando bem utilizadas e aproveitadas, possibilitam e facilitam a tomada de decisões dentro da porteira. Seu objetivo primordial é a obtenção do melhor resultado econômico possível, sempre levando em consideração o desempenho sustentável das propriedades rurais.

Com a expansão da economia como um todo, em especial a agropecuária, o uso da administração é inevitável por causa do desenvolvimento tecnológico do setor rural. A necessidade de gerenciar bem uma empresa rural tem por princípio a tomada de decisões e, para que isso ocorra de uma maneira satisfatória, é preciso que o administrador ou o próprio proprietário tenha um bom conhecimento da empresa, por exemplo: conhecer a área total do estabelecimento; conhecer a área disponível; conhecer  os seus recursos humanos; as máquinas; os equipamentos disponíveis; as suas instalações; benfeitorias; fornecedores  de matéria-prima; clientes ou mesmo consumidores diretos e ainda o capital disponível para investimento e/ou custeio das atividades.
 


A Administração Rural é um processo que se alcança através de atos e fatos administrativos conscientemente dirigidos. Os produtos (lavoura, pecuária e agroindústria) ali pruduzidos devem se enquadrar nos princípios econômicos, visando obter o melhor resultado possível, ou seja, o maior faturamento com menor gasto possível para que possamos alcançar o maior lucro.

Do ponto de vista do produtor, o fator fundamental é obter o melhor resultado (lucro). Já para a sociedade como um todo (comunidade), espera-se que, além da produção, este empreendimento proporcione produtos de boa qualidade e consiga ainda transformar seus resultados positivos em geração de empregos.

A Administração Rural pode ser considerada como uma ciência, uma arte e ainda uma técnica de negócios. Uma ciência porque está ligada aos experimentos e conhecimentos relacionados à Engenharia Agronômica (Agronomia) e  várias outras disciplinas como a Biologia, a Química, a Física, a Topografia, a Sociologia, a Antropologia, etc.; uma arte porque possui habilidade de combinar os conhecimentos técnicos, a experiência e criatividade do produtor; e por último como uma técnica de negócios, onde a administração rural nada mais é do que um método utilizado para obter o maior lucro possível com o mínimo de desembolso.

Na antiguidade (4000 a.c.), os egípcios já reconheciam a necessidade de planejar, organizar e controlar  as atividades por eles desenvolvidas. Há pouco tempo, a administração de propriedades (empresas) rurais era analisada (organizada) em um sistema fechado, ou seja, de uma maneira específica, como a formação de lavouras, capinas, tratos culturais, colheita e beneficiamento dos produtos.

O entendimento sobre a maneira de administrar uma empresa rural não é feito somente pelo aspecto técnico, mas também olhando os fatores externos à propriedade (compra de insumos, comercialização, aspectos ambientais: água, solo, luz, etc.). A partir desta integração de fatores surge a necessidade de uma nova forma de trabalhar. Essa nova estrutura varia de acordo com o tamanho da propriedade; tipo de exploração (intensiva ou extensiva); volume de negócios; a distância do mercado consumidor;  a própria demanda de consumo; e tantos outros fatores internos e externos.


*Júlio Cesar Camargo de Lima é Técnico em Agropecuária; Tecnólogo em Administração Rural e Professor de Administração e Economia Rural na Escola Técnica Estadual Achilino de Santis - Santo Antonio das Missões - RS



Nosso site possui algumas políticas de privacidade. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Para entender quais são, clique em POLÍTICA DE PRIVACIDADE. Ao clicar em Eu concordo, você aceita as nossas políticas de privacidades.