Estudo busca diminuir o déficit de fósforo no milho

21 Aug 2014

Uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, busca melhorar a aquisição de fósforo da cultura de milho. Isso por meio da análise de recursos genéticos de plantas adaptadas ao estresse de nutrientes e seu uso potencial em programas de melhoramento. A autora do projeto é a bióloga Jeannette Bayuelo Sofia Jiménez, pesquisadora do Instituto de Investigaciones Agropecuarias y Forestales de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, no México.

Há milhares de anos o milho é cultivado no México, país considerado o centro de origem desse cereal. Quase 80% das sementes plantadas no solo mexicano são de variedades nativas, também conhecidas como ‘milhos crioulos’ ou caipiras. No entanto, elas são pobres em alguns nutrientes, como o fósforo, que está relacionado à formação de sementes, dos frutos e do sistema radicular no início do desenvolvimento da planta.

Jeannette destaca a importância de preservar a diversidade genética da cultura do milho mexicano e controlar o plantio de espécies transgênicas para manter as características tradicionais dessa cultura, conservando seu material genético. “Precisamos encontrar soluções para o aumento da produção do milho mexicano com base na eficiência da aquisição do fósforo. Para tanto, estou pesquisando como e quanto essas plantas absorvem de fósforo.”

A meta da pesquisadora é desenvolver um sistema de produção mais eficiente quanto ao uso dos nutrientes aplicados no solo. “Tenho focado meus estudos na biologia da raiz e da sua relação com a adaptação de variedades crioulas de milho em solos deficientes de fósforo. Já identificamos variedades adaptadas ao solo pobre de fósforo existente no México e isso pode facilitar a adoção de técnicas de reprodução”, explica Jeannete.

O estudo é  financiado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) por meio de um projeto de cooperação regional. No  Cena, a pesquisadora utiliza o laboratório de radioisótopos, com a supervisão do professor Takashi Muraoka, especialista em fertilidade do solo e nutrição de plantas, com ênfase em uso de técnicas isotópicas.

Fonte: Agência USP



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