Juventude rural prefere viver no campo mas migra para cidade

30 Sep 2014

Embora cada vez mais jovens deixem o campo para viver na cidade, a parcela dos que preferem ficar na atividade agrícola  é expressiva. Em Petrolina (PE) e Congoinhas (PR), por exemplo, uma pesquisa descobriu que, 84% dos jovens que nasceram em famílias de agricultores não querem sair das propriedades das famílias. “No entanto, eles terminam por deixar o campo”, afirma a coordenadora da pesquisa Suzana Valle Lima, da Inova Prospectiva e Estratégia.

Os resultados do levantamento serão debatidos no 13º Momento de Intercâmbio, que será realizado na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em Brasília (SHIS QI 03 Lote A Bloco F – Centro Empresarial Terracota, Lago Sul), no dia 08 de outubro, das 14h30 às 17hrs.

O estudo foi realizado no âmbito da parceria entre o pelo Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e resultou na publicação Juventude Rural, Agricultura Familiar e Políticas de Acesso à Terra. O livro avalia os motivos que levam os jovens a deixar o campo, o que os motivariam a permanecer na terra e recomenda uma série de ações para a melhor inserção dos jovens do campo nos programas e políticas públicas de acesso à terra.

Qualificação atrai jovens para a cidade

O quadro “Razões mais importantes para ficar ou deixar o campo”, que integra a publicação, demonstra que as chances de qualificação profissional e o acesso a serviços de internet, transporte e lazer fora do campo são um atrativo das cidades. Por outro lado, os jovens que expressaram vontade de permanecer na agricultura citaram o custo de vida mais baixo e a própria satisfação com o estilo de vida no campo.

Com base no levantamento, foram elaboradas as recomendações para as políticas públicas que pretendem frear o êxodo rural. Os incentivos à participação feminina em programa de acesso à terra e melhorias da forma de se comunicar aos jovens os critérios para acesso à terra, foram alguns dos pontos destacados em relação às políticas de acesso à terra. Em outro item, o tema da assistência técnica aponta a necessidade de se capacitar os jovens agricultores para a comercialização dos seus produtos e de se incentivar a inovação como forma de melhorar a renda das propriedades.

Fonte: IICA



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