Época de nascimentos de equinos exige atenção redobrada

25 Oct 2014

A primavera é uma das mais importantes estações do ano dentro de um haras. Os dias mais longos, com maior luminosidade,  marcam não só o início do período reprodutivo dos animais como também o dos nascimentos, muitas vezes frutos de importantes e esperados acasalamentos.

No entanto, essa época tão aguardada é também um momento que exige cuidados importantes com os recém nascidos, que serão cruciais para o seu desenvolvimento até a chegada a vida adulta. Isso porque sua fragilidade inspira atenção e acompanhamentos diários, principalmente nos primeiros dias de vida.

No Haras Motta - propriedade localizada em Ponta Porã, fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, que investe na criação de cavalos quarto de milha - os cuidados com esse momento começam ainda no pré-parto da égua. O período de parição ocorre 11 meses após a cobertura, entre 310 a 365 dias, porém, 20 dias antes da data prevista do parto, as fêmeas são colocadas em piquetes a chamada maternidade, com boa pastagem e sem perigos aparentes como beira de rios e lagos, um local plano e de fácil acesso para que possam ser acompanhadas com facilidade.

Segundo o médico veterinário do Haras, Alisson Marques, essa preocupação facilita um maior cuidado no momento do parto. “Nossos funcionários visitam a maternidade várias vezes ao dia, para se certificar que tudo está caminhando bem. Como a maioria das fêmeas parem de noite ou de madrugada, os cuidados com a localização do piquete e o bem-estar das fêmeas são essenciais”.

Já no pós-parto a atenção é toda voltada ao potro.  Da amamentação aos primeiros impulsos, tudo deve ser acompanhado de perto. De acordo com as práticas, o animal precisa ficar em pé em até 2 horas e mamar o colostro nas primeiras 6 horas de vida, além de apresentar estímulos como sucção e parecer sadio. É preciso verificar também se o umbigo se rompeu corretamente da placenta, se existe vestígio de aspiração do líquido aminiótico nas narinas e boca e se o animal respira normalmente.

“Os perigos caso esses cuidados não sejam tomados, envolvem desde a baixa imunidade devivo a não ingestão de colostro até a infecção do umbigo,  a chamada bixeira, que pode prejudicar as articulações do potro. Se não tratadas a tempo, podem levar a inutilização esportiva do animal e até a sua morte”. Explica Alisson.

Buscando ainda ações preventivas quanto ao bem estar dos recém nascidos, o Haras utiliza de uma alternativa para aumentar a imunidade dos pequenos animais. “Nós ainda aplicamos o plasma hiperimune nas primeiras 12 horas de vida, um concentrado de anticorpos prontos produzidos em animais - os doadores de plasma – que são estimulados a uma superprodução de anticorpos contra as principais doenças encontradas no Brasil, diminuindo taxas de pneumonia e diarréias, produzindo potros mais saudáveis”, explica Alisson.

Para o proprietário do Haras, o criador Antônio Motta, todas as ações são válidas para se previnir e evitar qualquer tipo de perda. “Como em qualquer criação, a atenção com os animais é diária, porém, como esses animais serão altamente exigidos no futuro, principalmente no quesito saúde para que possam  apresentar uma melhor performance nas competições, os cuidados são redobrados e a preocupação ainda maior”.

Fonte: Divulgação



Nosso site possui algumas políticas de privacidade. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Para entender quais são, clique em POLÍTICA DE PRIVACIDADE. Ao clicar em Eu concordo, você aceita as nossas políticas de privacidades.