Portos prometem dar mais vazão ao frango brasileiro

18 Nov 2014

Os portos de Itajaí e Paranaguá são os maiores exportadores de carne de frango via contêiner refrigerado do Brasil. Juntos, os dois estados enviam para fora do Brasil 53% do total nacional. Mesmo na liderança, os dois terminais têm projetos para expansão da capacidade de recepção de cargas e navios e também de embarque. As unidades vão receber investimentos públicos e privados para atender a demanda de exportação e importação pelos próximos 35 anos.

As informações são da equipe da Expedição Avicultura, projeto que faz levantamento técnico-jornalístico sobre a produção avícola no Sul do Brasil. Nesta terça-feira, 18 de novembro, a equipe apresenta, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), o resultado final das visitas. O trabalho de campo foi iniciado em outubro e concluído na última semana com roteiro pelos portos, totalizando mais de 5 mil quilômetros percorridos.

O porto de Itajaí é líder em movimentação de carga e geração de receitas, mas ainda perde em capacidade de recepção de navios para Itapoá e Paranaguá, por exemplo. O terminal de Itajaí consegue receber navios com até 307 metros de comprimento e 50 metros de boca, enquanto o porto paranaense trabalha com navios de até 336 metros de comprimento e 51 metros de boca. Ambos trabalham para expandir esses limites.

O governo catarinense está articulando a construção de um novo acesso aquaviário e da bacia de evolução. O projeto deve ser executado em duas fases, com aportes de R$ 130 e R$208 milhões. Após a conclusão da obra, o porto de Itajaí vai conseguir recepcionar navios com até 380 metros de comprimento e 55 metros de boca. Em Itajaí, também serão instalados mais plugs para manutenção de cargas em contêineres refrigerados.

No Paraná, a previsão de investimentos privados é de R$ 1,1 bilhão em obras que seguem até 2024. Com as melhorias programadas, o porto de Paranaguá passará a ter mais 220 metros de cais de atracação, totalizando 1.099 metros de extensão; dolphins exclusivos para navios que fazem transporte de veículos; e retroárea maior, passando de 320 mil m² para 500 mil m². Ao fim, o terminal de Paranaguá terá ampliado sua capacidade de 1,5 milhão de TEUs para 2,5 milhões de TEUs.

Ferrovia
Quando o assunto é transporte ferroviário o Paraná passa à frente de Santa Catarina. Apesar de precisar de obras para modernização, a ferrovia que corta o estado de Oeste a Leste garante custos mais baixos e agilidade no transporte da indústria ao porto. Para as cooperativas com produção avícola na região de Cascavel, por exemplo, a economia por tonelada transportada via trem chega a R$ 1,4 mil reais se comparada ao envio por caminhão.

Atualmente, 30% de toda a mercadoria embarcada no porto de Paranaguá chegam ao terminal pela ferrovia. Em 2013, foram movimentados 2 mil contêineres por mês. Com os investimentos em infraestrutura de recepção programados para 2015, a capacidade deve crescer para até 9 mil contêineres/mês. Em Itajaí a realidade é outra, pois Santa Catarina ainda não tem linha férrea que ligue o interior que produz ao litoral que exporta.

A “ferrovia do frango”, como é chamada pelos catarinenses, começou a sair do papel somente em outubro, com o início dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). O projeto inicial tem como ponto de partida o município de Dionísio Cerqueira, no extremo Oeste do estado, e fim no terminal de embarque do porto de Itajaí, a 862 km de distância. Enquanto esperam a construção da linha, as indústrias continuam escoando a produção por caminhão. 

Fonte: Divulgação



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