Livro exibe beleza do Cavalo Árabe e conta sua história no Brasil

16 Dec 2014

A beleza, imponência e história do cavalo árabe no Brasil se tornaram livro. Com textos de Mario Braga, ensaio fotográfico de Marco Terranova e edição bilíngue (português e inglês), “O cavalo árabe no Brasil”, de Andrea Jakobsson Estúdio, comemora em grande estilo o cinquentenário da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA). Incluindo cerca de 200 imagens coloridas em 264 páginas, a obra patrocinada pela Localiza custa R$ 140,00 em todo o país.?

“Este livro é uma homenagem a todos os criadores brasileiros, dedicados e perserverantes, que há muito desempenham um incansável trabalho de preservação e amor ao cavalo árabe, a despeito de dificuldades de toda sorte e dos desafios do tempo. São pioneiros, cada um a seu modo, que souberam reconhecer o valor dessa raça milenar e, munidos do verdadeiro espírito da criação, se incumbiram da responsabilidade de proteger o seu legado genético, conseguindo aprimorar de muitas formas o patrimônio que receberam”, escreve Mario Braga na introdução do livro. ?

Segundo Mario Braga, graças a esses criadores, o Brasil se tornou em muito pouco tempo um dos centros de referência mundial na criação do cavalo árabe: “Exportaram os descendentes daqueles animais que foram selecionados e importados décadas antes. Inúmeras foram as vitórias de nossos cavalos no exterior. A nossa criação tem hoje seu valor reconhecido e justamente reverenciado”, acrescenta.?

No livro, o autor destaca a versatilidade do cavalo árabe e afirma que este animal está apto a ser montado em todas as regiões do país: “Desde as clássicas corridas, passando pelas provas de laço e apartação, hipismo rural, performance, e consagrando-se de maneira absoluta no enduro. Obtém-se com êxito a disseminação do cavalo árabe para o trabalho no campo de norte a sul do Brasil”.?

Para a editora Andrea Jakobsson, este “é um tema que interessa a todo o país. Parece óbvio ver cavalos nas paisagens, mas o fato é que eles foram trazidos de diversas origens para melhorar o plantel do país. Afora as razões militares ancestrais, hoje o cavalo é usado na lida de Norte a Sul. Nossa proposta era mostrar esse alcance e como as peculiaridades da raça inserem o cavalo árabe nesse cenário”.?

Para ilustrar a obra, Mario Braga e Marco Terranova viajaram extensamente pelo país. O fotógrafo registrou cenas que mostram, por exemplo, os rebanhos de búfalos na Ilha de Marajó sendo tocados por cavalos de raça pura, ou mesmo belos árabes tendo por pano de fundo as magníficas araucárias endêmicas da região Sul do Brasil, passando por canaviais, cafezais, fazendas grandes e pequenas, praias e alagados.

“Essas viagens que fizemos já ajudou a fazer conexão de criadores do cavalo árabe entre partes diferentes do país, como um de Pernambuco que ficou amigo de outro da Ilha de Marajó. O cavalo árabe é espetacular, pude ver de perto o quanto ele é excepcional, unindo beleza e eficiência. Pude ver o uso dele do Rio Grande do Sul à Ilha de Marajó, tanto cavalos puros, como em diversas misturas feitas para a melhoria da raça. Uma das coisas que mais me surpreenderam é o amor dedicado aos cavalos independentemente do tamanho do haras. E também o fato de peões e vaqueiros marajoaras terem seus próprios cavalos oriundos da Região Sudeste”, afirma Terranova.

Um pouco de História?
Embora não existam registros escritos que indiquem com absoluta precisão o seu início, sabe-se que a criação do cavalo árabe é a mais antiga da humanidade. Sua existência pode ser estimada em mais de 3.500 anos, a partir de desenhos de cavalos orientais em paredes de pedra e objetos de arte  encontrados em países como o Egito e a Grécia e no Sudeste Asiático.  Alguns exemplos são os baixos-relevos assírios abrigados no British Museum, em Londres, ou os registros hieroglíficos datados da época dos faraós Seth I (da batalha de Kadesh.?

O mérito da seleção, do desenvolvimento e da preservação das características que fazem do cavalo árabe um animal ímpar até os nossos dias deveu-se às tribos nômades de beduínos na Península Árabe. Mais do que um mero animal de serviço, um bom cavalo significava para eles a diferença entre a vida e a morte no deserto, por meio do triunfo ou fracasso na guerra. ?

Submetidos às mais rigorosas condições climáticas, os cavalos árabes tiveram que se adaptar a toda sorte de privações, tais como a falta de água e comida, temperaturas elevadíssimas durante o dia e baixíssimas à noite e longas distâncias a serem percorridas em terrenos áridos. ?

Fonte: Divulgação



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