‘Safrinha’ de milho põe disponibilidade e preços de fertilizantes em jogo

29 Jan 2015

A disponibilidade de fertilizantes para abastecer a safrinha brasileira de milho no ciclo 2014/15 está ameaçada, dada a retração na demanda do agricultor brasileiro ao longo dos meses de janeiro e fevereiro. Isso porque os preços enfraquecidos do mercado de grãos acarretam em desestímulo tanto à expansão da lavoura, quanto ao investimento nela realizado. Outros entraves que se colocam como determinantes são o atraso no plantio de soja e também na aquisição de fertilizantes para a segunda safra.

‘A safra 2015/16 teve seus problemas no início. O atraso no plantio da soja em boa parte do Centro-Oeste devido à estiagem significou estreitamento da janela de plantio de milho de segunda safra’, explica relatório da consultoria INTL FCStone, em seu estudo especial ‘Safrinha’ de milho brasileira põe disponibilidade e preços de fertilizantes em jogo. A consultoria busca responder duas questões chaves para a indústria de fertilizantes no país. Além da disponibilidade do mercado para a segunda safra de milho, o estudo analisa a possibilidade de o Brasil agregar mais suporte ao mercado internacional e contribuir na retomada sazonal dos preços no primeiro trimestre.

O estudo aponta que os dois principais condutores da demanda nacional nesta época do ano – milho e algodão – passarão por redução de área (para a safrinha 2014/15, a INTL FCStone estima redução de 6,63% contra o ano anterior, para 8,57 milhões de hectares). Considerando rentabilidades ruins da lavoura quando se avalia o preço dos produtos tanto no mercado doméstico, quanto no internacional, há pouco estímulo ao investimento em relação aos anos anteriores.

Tomando como base a sazonalidade do mercado brasileiro; os problemas associados ao investimento na safrinha; a relevância brasileira no mercado ocidental de nitrogenados; e como estão oferta e demanda no mercado brasileiro, a INTL FCStone conclui que o Brasil não será capaz de agregar mais suporte do que o normal aos preços internacionais durante o primeiro trimestre de 2015. Entretanto, a demanda brasileira ainda é grande o suficiente para impedir quedas e, aliada à demanda estadunidense e à restrição aparente de disponibilidade no mercado internacional, deve contribuir para preços mais firmes no início do ano do que aqueles observados no fim de 2014.

Com relação à disponibilidade de fertilizantes a consultoria conclui que haverá produto suficiente para abastecer a safrinha. Embora a oferta tenda a retrair em dezembro e janeiro em relação aos mesmos meses um ano atrás, há de se mencionar que, sob a perspectiva de que a demanda também diminuirá, não haverá suporte significativo no mercado doméstico. ‘A oferta ainda é avaliada como excelente, e é mais do que capaz de suprir a demanda, sobretudo considerando o avanço acumulado dos estoques ao longo do ano passado’, resume.

Fonte: Divulgação



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