Acordo sobre clima entre Brasil e EUA deve fortalecer biocombustíveis

02 Jul 2015

No último domingo (28), a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, acompanhada pelo presidente do Conselho Deliberativo da entidade e da Copesucar, Luis Roberto Pogetti, e do presidente do Conselho de Administração da Raízen, Rubens Ometto, participaram de um encontro com a presidente Dilma Rousseff, cinco ministros e mais de 20 empresários brasileiros, em Nova Iorque.

O objetivo era tratar da pauta que seria debatida por Dilma, com o presidente norte-americano, Barack Obama, no dia 30, sobre os diversos modelos de cooperação público-privada entre Brasil e Estados Unidos, inclusive o acordo climático bilateral. A UNICA já havia encaminhado um documento de apoio à missão para as discussões sobre o papel do etanol na agenda do clima proposta pelo próprio presidente Obama. E os resultados desta participação foram muito positivos.

Além de beneficiar a agropecuária brasileira como um todo, a importante aliança entre os dois países, anunciada por Obama e Dilma, também sinalizou aspectos favoráveis para o setor de biocombustíveis, particularmente o etanol e a bioenergia, que foram inseridos de forma ampla no compromisso.

Os presidentes destacaram a importância de aumentar os níveis de energia limpa e renovável em suas respectivas matrizes energéticas. Eles também expressaram seu compromisso de cooperar para promover o desenvolvimento de biocombustíveis para a aviação, melhorar a eficiência dos veículos e também da gestão global de energia.

Presente à cerimônia do anúncio, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Katia Abreu, destacou a meta definida na declaração conjunta de dobrar o uso de biocombustíveis e energia renovável e o comércio com os EUA em dez anos, além da adoção de medidas ambiciosas de reduções de gases de efeito estufa no período 2020/2030, no âmbito da agenda da COP 21.

"Vejo a inclusão do etanol e da bioeletricidade nas discussões como uma política clara do governo brasileiro de fortalecimento do setor e do fomento de comércio internacional de biocombustíveis," esclareceu a ministra.

Já a presidente da UNICA, Elizabeth Farina, mostrou-se bastante otimista com as propostas apresentadas.

“Estas diretrizes abrem uma nova frente para o setor sucroenergético ao reconhecer o atributo ambiental de seus principais produtos. Estamos prontos para oferecer nossa contribuição e participar das próximas discussões que precederão o diálogo estratégico de energia entre os dois países que foi marcado para o início de outubro,” comentou Farina.

Ainda sobre o acordo climático, a presidente Dilma disse que o Brasil busca atingir uma participação de 28% a 33% de fontes renováveis em sua matriz, sem contar a geração hidráulica, até 2030. Além disso, o país pretende eliminar o desmatamento ilegal no território nacional nos próximos 15 anos e, em igual período, reflorestar 12 milhões de hectares.

Dilma e Obama se comprometeram a trabalhar entre si e com outros parceiros para um acordo ambicioso e equilibrado na Conferência Mundial da ONU sobre o Clima (COP21), que será realizada em Paris em dezembro. Os dois países pretendem estabelecer uma sinalização firme à comunidade internacional que governos, empresas e sociedade civil estão decididos a enfrentar o desafio climático.

Também na terça-feira (30), A UNICA, representada por sua executiva para a América do Norte, Letícia Phillips, esteve presente no almoço oferecido pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, no Departamento de Estado Benjamim Franklin em Washington.

Fonte: Unica



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