IMA treina vacinadores para atender rebanho de regiões carentes de MG

12 Aug 2015

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas) e o Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes) promove periodicamente, em diversas regiões do estado, cursos voltados para o treinamento de vacinadores autônomos, de forma a reforçar os trabalhos no combate à brucelose e na prevenção da febre aftosa no rebanho bovino mineiro. Esse treinamento é realizado por meio do Programa de Apoio à Saúde Agropecuária (Pasa), iniciativa do Instituto com o Senar Minas e o Inaes, e que deve formar, neste ano, 480 novos vacinadores em 40 turmas que terão aulas teóricas e módulos práticos no campo. Os interessados em participar desse treinamento, especialmente produtores rurais, precisam ser alfabetizados e ter mais de 18 anos.  A agenda de cursos de 2015  já teve início com as primeiras turmas no município de Guanhães, região do Vale do Rio Doce, em julho deste ano. Desde que foram criados os primeiros cursos, em 2002, já foram formados 1.800 vacinadores.

O treinamento realizado pelo Pasa capacita o produtor rural para as boas práticas na aplicação das vacinas e para o reconhecimento dos sintomas destas doenças quando atacam os animais. A aplicação correta das vacinas garante a sua eficiência nos animais, enquanto o reconhecimento das doenças é importante porque auxilia o atendimento do Serviço Oficial.  “Ao levar essas informações aos produtores rurais, buscamos contribuir para aumentar os índices vacinais rumo à erradicação da brucelose, vacinando todas as bezerras com idade entre 3 e 8 meses. No caso da aftosa, o objetivo é prevenir a doença em bovinos e bubalinos,  uma vez que o estado de Minas é considerado livre de aftosa com vacinação”, explica a médica veterinária e fiscal agropecuária do IMA, Lucilla Azeredo.

Um dos destaques do curso é o treinamento específico sobre os procedimentos da vacinação contra a brucelose, cuja aplicação requer mais cuidados por parte do vacinador. “A vacina contra esta doença é viva, ou seja, a bactéria pode contaminar o vacinador caso ele não adote as boas práticas de aplicação que visam evitar o acidente vacinal quando em contato com o material biológico. Já as vacinas contra raiva e aftosa são inativadas, não representando riscos de contágio no momento da sua aplicação no animal”, esclarece Lucilla Azeredo. A veterinária do IMA  lembra  que o produtor rural é obrigado a declarar a vacinação contra a brucelose no mínimo uma vez a cada semestre.

Inclusão social
Lucilla Azeredo argumenta que Minas Gerais possui grande extensão territorial, necessitando de vacinadores treinados para assistir pequenas propriedades e regiões carentes de médicos veterinários. Por isso, o serviço de defesa oficial do estado assume a responsabilidade da vacinação em áreas onde não há médicos veterinários cadastrados ou em regiões onde eles não possam atender plenamente à demanda do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). “O IMA assume a responsabilidade técnica ou mesmo a execução direta da vacinação nestas regiões carentes de médicos veterinários. É um trabalho de inclusão social para os produtores rurais e de complementação de renda para o vacinador, que recebe uma remuneração por esta prestação de serviço”, observa Lucilla, destacando que o Pasa registra maior participação nas regiões Norte, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, regiões com maior escassez de médicos veterinários. Ela ressalta que é importante frisar que o vacinador treinado pelo IMA não tem vínculo empregatício com o Instituto.

Fonte: Ima



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