Produção da bovinocultura leiteira cresce 300% com contribuição do PER

22 Sep 2015

O Programa Empreendedor Rural (PER), desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR AR/SC), foi um divisor de águas na vida do empresário rural Rafael Rodrigo Schuster, de 26 anos, da linha São José, no município de São Carlos (SC). Músico profissional há mais de dez anos, ficou fora da propriedade dois atuando no Musical Integração. Três anos depois de retornar à propriedade a produção da bovinocultura leiteira cresceu 300%, de 80 para 400 litros/dia.

Rafael é formado em Administração de Empresas (2014) e entre os principais cursos profissionalizantes que participou estão o PER (2010) e o de Formação de Jovens Lideranças Cooperativistas (FOJOLICO). Em julho de 2015, ingressou na UFFS no curso técnico de fortalecimento da juventude rural no oeste de Santa Catarina e em agosto deste ano no curso de bovinocultura de leite do IFSC - Campus de São Carlos (SC).

A propriedade da família Schuster conta com 15,4 hectares de terra, 47 animais da raça Holandesa registrados juntos à Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB), sendo 30 vacas e 17 novilhas. Os trabalhos na propriedade são realizados por Rafael e seus pais Silvenio e Sibila. A atividade principal é a bovinocultura leiteira, com moderna sala de ordenha e sistema de piqueteamento com sombra e água. Além disso, é realizada a produção de frangos em parceria com a irmã Rosilei e o cunhado Ejair.

O projeto de reestruturação da atividade do leite surgiu do interesse de Rafael em trabalhar na produção leiteira, por indicação da Cooperativa Regional Auriverde, que é parceira da empresa rural, contando também com o apoio da Epagri. “No programa, comecei a gostar mais da atividade rural, pois poderia ser dono da própria empresa, planejar os investimentos e fazer a gestão do negócio. Por isso, afirmo que foi um divisor de águas e por causa do PER estou em minha propriedade fazendo o que mais gosto e vivendo perto da minha família. Com o programa, passei a ver a propriedade de maneira diferente, como um ótimo negócio para viver bem e ganhar dinheiro”, justifica.

Com o projeto, Rafael planejou novamente com a família e começou a colocar em prática os conhecimentos e a buscar parcerias para auxiliá-lo. Implantou o sistema de piqueteamento e logo depois iniciou a construção da sala de ordenha, juntamente, com a melhora do plantel de animais, optando pela raça Holandesa. “Realmente foi uma grande mudança dentro da propriedade, tanto estrutural quanto social com a família e com a comunidade na busca de mais informações”, comentou.

Atualmente, a propriedade colhe cada vez mais os frutos do projeto, assim como vislumbra a ampliação de produção e melhoria genética dos animais, com investimentos, modernização e organização da propriedade, o que permite dinamizar o tempo. Rafael faz a administração da empresa rural, com uma gestão com ênfase nos controles e utilização de planilhas.  A intenção é que o processo seja o mais eficiente possível e o qualifique diariamente para que no futuro possa considerar a ação assertiva. “Quero olhar para trás e poder dizer que fiz a coisa certa”, argumentou.

Segundo Rafael, o programa permitiu ampliar sua visão, contribuindo para o sucesso das ações executadas na propriedade e levando o conhecimento para o resto da vida. “Estou obtendo conquistas tanto profissional quanto pessoalmente. A propriedade também recebeu o Prêmio Empreendedor Rural e conta com animais premiados em feiras”, destaca.

A orientação do empresário rural aos jovens que têm a oportunidade de fazer o programa é de que a aproveitem, pois é uma chance única para ampliar os conhecimentos e talvez possa ser um divisor de águas para visualizar o potencial que há em suas mãos.

PROGRAMA
O programa possui carga horária total de 136 horas, dividido em 17 módulos de 8 horas cada, tendo como público produtores rurais e seus familiares. Durante o programa, os participantes elaboram projetos para implantação, melhorias e/ou ampliação da atividade rural de suas propriedades.

O superintendente do SENAR AR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, enfatiza que, desde 2007, o PER vem fazendo diferença para inúmeras famílias rurais, que, ao compreender que as suas propriedades são empresas rurais, passam a ter ganhos financeiros que permitem que os mesmos permaneçam no campo.

Fonte: Sebrae SC



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