Mulheres no Campo: Elizângela Luiz de Caxias

05 Apr 2012

Na Série Mulheres no Campo deste domingo, a entrevistada é Elizângela Luiz de Caxias, zootecnista há cerca de 10 anos, faz parte da equipe da Produção Consultoria Rural no Programa Nelore de Produção.

Elizângela, que é uma jovem mulher, forte e determinada, tem contato com o campo desde a infância, uma vez que seus avós maternos eram produtores rurais e depois de formada trabalhou em algumas propriedades rurais. Caxias se formou na primeira turma da UCDB - Universidade Católica Dom Bosco em 2002.

Rural Centro - Elizângela, vamos começar falando um pouco da sua biografia pessoal, o contato com o meio rural durante a infância e a escolha da profissão.

Elizângela Caxias - Sempre gostei no meio rural, estar juntos com animais, trabalhando no curral. Nas férias, na fazenda ia quase que todos os diElizêngela, Caxias, zootecnista, fazendaas ao campo com meu tio, acompanhando e observando o manejo dos animais. E isso fez com que minha paixão pelo campo fosse aumentando.

Decidi então fazer Medicina Veterinária, por que até então não conhecia a zootecnia. Mas a parte cirúrgica me fez desistir, já que não gosto desses procedimentos.

Então descobrindo a zootecnia, se completou a minha paixão. A cada disciplina da área, o desejo de aprender aumentava, planos e sonhos iam se formando.

No segundo ano da faculdade, inicie estágio na Embrapa-CNPGC, na área de Nutrição Animal, foi essencial esse aprendizado. Fiquei ali até o término da faculdade em 2002, e com apenas uma orientadora, que foi de muito valor para meu caráter profissional, agradeço muito a ela pela paciência e carinho que me tratou durante todo esse tempo.

RC - Na faculdade e na profissão, quais foram os obstáculos encontrados e como foram solucionados?

IC - Todos sabem que uma faculdade não é fácil, já que saímos do colegial com visão diferente dos estudos. Foi difícil, puxado, corrido, mas graças a Deus venci todos os semestres. Enfrentamos sim dificuldade em relação à estrutura física, já que éramos primeira turma, muitas coisas faltavam, mas a administração sempre fez o melhor por nós.

Depois de formada, percebi o quanto a zootecnista tem dificuldades de trabalho no campo, não sei dizer, se é preconceito ou insegurança dos contratantes.

Não tive muitas oportunidades na área. Porém não desisti de buscar, sempre tentei estar perto de “possíveis oportunidades”. Estou em uma empresa que quando era  recém-formada passei alguns meses como estagiaria, e hoje estou como técnica trabalhando junto com uma veterinária, no programa de melhoramento animal, isso me deixa muito feliz.

RC - Na correria do dia a dia, é possível conciliar a vida profissional com a pessoal? Há espaços para a vaidade feminina no mercado de trabalho?

EC - Na correria do dia, tento me dividir ao trabalho, família, namorado, já que sou solteira e sem filhos. Creio que pra quem tem filhos, não seja fácil, mas as mulheres têm uma capacidade de se “multiplicar” e fazer tudo da melhor forma. Se doa muito a tudo que faz e, por incrível que pareça, tudo sai perfeito. E não deixamos de ser feminina pelo fato de trabalharmos no campo, por isso, me cuido, preocupo com aparência, não sou vaidosa, mas quero estar me sentindo bem com o que uso.

RC - Qual o conselho para as mulheres que ainda estão tentando conquistar espaço no agronegócio e como você vê a atuação feminina no setor?

EC - Não desistir de buscar seus sonhos, dificuldades existem para nos fortalecer, pois sem elas não teríamos no que dar valor. Confiando em Deus que “vai dar tudo certo”, não temendo o que dizem, porque há pessoas que tem prazer em desestimular e destruir sonhos. Vá enfrente.

Nós mulheres estamos cada dia mais adentrado ao mercado de trabalho, conquistando espaço que antes era impossível imaginar que estaríamos ali. Temos capacidade sim de desenvolver funções no meio rural, e muitas estão ai para provar que isso é uma realidade.

RC - No cenário profissional, quais são as metas para 2012?

EC - Como este ano iniciou-se muito bem, onde comecei o trabalho na Produção Rural, com pessoas maravilhosas que sempre me acolheram, então pretendo aprender meus colegas, trabalhar muito para desempenhar o papel que me foi designado. E se tudo der certo iniciarei meu mestrado, e daqui para frente não vou mais parar de estudar.  

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Fonte: Ana Brito / Rural Centro



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