Mulheres no Campo: Marianne Peras

18 May 2012

Desde pequena, Marianne Peras, personagem da Série Mulheres no Campo deste domingo, amava os animais e se sentia em casa quando estava no campo.

Por isso, Peras escolheu seguir o caminho da Medicina Veterinária. Além disso, o início do agronegócio vem de muito cedo, já que sua família tinha uma propriedade agropecuária.

Hoje Marianne, que é graduada pela Universidade Estadual de Londrina, em 2007 e especialista em Produção e Nutrição de Ruminantes pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ / USP), atua na Genética Araucária como assistente técnica e comercial e conta um pouco da sua biografia e seus planos para o futuro.

Rural Centro - Marianne, você comentou conosco que a nutrição é sua área por adorar a dinâmica de produção de carne e leite com a alimentação fornecida. Conte-nos mais sobre este início da sua trajetória profissional e dê pequenas dicas ao produtor para otimizar a conversão alimentar?

Marianne Peras - Eu tive a formação de Jurada da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, o que me permitiu ampliar meu conhecimento na área de genética e no conhecimento sobre as raças zebuínas. A nutrição entra como um fator limitante para o potencial genético do animal ser expresso em todas as suas características de produção, permitindo a maior relação custo e beneficio. Acredito que a preocupação com os custos da nutrição animal tem levado os produtores a buscar animais mais eficientes. Animais que possam produzir mais consumindo menos alimentação, o que otimiza os custos como um todo, aumentando o lucro.

O produtor deve procurar um técnico capacitado, a fim de elaborar uma dieta que possa suprir todas as necessidades nutricionais dos animais nas diferentes fases de desenvolvimento e produção.

RC - Com tantas atividades diárias, como consegue conciliar o lado profissional como o lado pessoal. Há tempo para a vaidade feminina?

MP - Acredito que a administração do tempo deve ser muito bem elaborada. Ainda encontro tempo para minhas sessões de manicure, cortes de cabelo e exercícios físicos, porque como dizia Vinicius de Moraes: “ Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”. Portanto devemos sempre estar cultivando nossa beleza, que toda mulher tem.

RC - Ainda vemos que mesmo com tantos avanços, a mulher ainda apresenta desvantagens no mercado de trabalho, ainda ganhando menos, por exemplo. Como você vê isso e como nós, mulheres, devemos lutar para mudar este cenário?

MP - Ainda há muito preconceito e muitas barreiras a serem vencidas pelas mulheres neste meio. Porém, o avanço da capacidade feminina tem se mostrado e muitos homens começaram a respeitar a sensibilidade da mulher e a seriedade e competência com que elas trabalham, características não diferentes dos homens. Para mudar essa realidade, devemos sempre perseverar e realizar excelentes trabalhos.

RC - E para a estudante que quer também se dedicar à medicina veterinária e seguir também os seus passos, quais são as dicas, os conselhos?

MP - Aconselho as estudantes acima de tudo a perseverarem, não desistirem. Escolham as melhores faculdades, estudem com os melhores mestres, potencializem o conhecimento em sua forma máxima. Aproveitem cada oportunidade de mostrarem seu trabalho, sempre com uma postura séria, de respeito e virtuosa.

RC - Marianne, você é muito jovem, quais são seus planos para o futuro?

MP - Meus planos sempre são de melhorar, buscar, ampliar e crescer. Estou procurando sempre aumentar meu potencial e agregar conhecimento, com o objetivo de me tornar uma profissional que faca diferença no mercado de trabalho.

Você tem sugestões para esta série? Escreva no mural da rede temática Mulheres no Campo, na rede social +Rural. * O que é +Rural?

 

Fonte: Ana Brito / Rural Centro