18 Dec 2009

A Copersucar, que nos últimos meses vem acelerando os trabalhos para ampliar seu número de usinas associadas, anunciou na quinta-feira que a Cerradão, de Frutal, no Triângulo Mineiro, já faz parte da companhia. Com mais esta adesão, a empresa, que se tornou uma SA no ano passado, conta agora com 36 unidades produtoras de açúcar e álcool.

Nos últimos quatro anos, a empresa recebeu 14 filiações de usinas. As unidades associadas à empresa estão localizadas sobretudo em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Novas sócias deverão entrar nos próximos meses.

Nesta safra 2009/10, a Copersucar deverá processar cerca de 77 milhões de toneladas de cana, um crescimento de 14% em relação ao ciclo anterior. O faturamento previsto para este ciclo é de R$ 8,5 bilhões, aumento de 61% em relação ao ano anterior.

As vendas de açúcar de suas associadas serão de 1,58 milhão de toneladas no mercado interno, alta 36,2%, e de 4,73 milhões para exportação, 86% mais que no ciclo passado. A venda de álcool ficará em 3,7 bilhões de litros no mercado interno, aumento 38,5% sobre 2008/09, e 720 milhões de litros serão voltados para exportação, queda de 27%.

A usina Cerradão, instalada em Frutal, iniciou suas operações na safra 2009/10, com uma moagem de 850 mil toneladas. A expectativa, segundo Fábio Pereira, advogado da usina, é de que a moagem atinja 1,4 milhão de toneladas na safra 2010/11. "De maneira geral fazer parte da Copersucar representa melhor escala, sobretudo na área comercial", afirmou Pereira ao Valor.

A produção de álcool da Cerradão nesta safra será de 86 milhões de litros. Na temporada 2010/11, a usina pretende processar 1,4 milhão de toneladas de cana e produzir 130 mil toneladas de açúcar e 50 milhões de litros de etanol. A capacidade de moagem da usina é de 2 milhões de toneladas de cana. A usina também gerou 43 mil MWh de energia em 2009/10, com a comercialização de 35 mil

O grupo Cerradão é controlado pelos empresários Adalberto José Queiroz e seus filhos Florêncio Queiroz Neto, Raphael e Thiago Queiroz, tradicionais pecuaristas, com 50% de participação. Os empresários José Pedro e João Batista de Andrade, que são acionistas da Usinas Pitangueiras, detêm os outros 50%. Vale lembrar que a usina Pitangueiras não é associada à Copersucar.

Para a Copersucar, a nova associação representa importante alavancagem em sua meta de crescimento, pelo aumento do volume de produtos em seu portfólio.

Criada em 1959, a Copersucar, antes Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, contava apenas com dez usinas paulistas e duas entidades regionais, entre elas cooperativas de produtores de Piracicaba e Ribeirão Preto. A de Piracicaba era presidida por Virgolino de Oliveira, pai de Hermelindo Ruete, ex-presidente do conselho da companhia. Na década de 70, a Copersucar teve mais de 100 associadas e foi uma das patrocinadoras da Fórmula 1.

Quase um ano depois de se tornar uma empresa S.A. (Sociedade Anônima), a Copersucar decidiu profissionalizar totalmente sua gestão. Luís Roberto Pogetti, deixou este ano a presidência do grupo, para presidir o conselho da companhia. Em seu lugar, assumiu Paulo Roberto de Souza, CEO da gigante.

Hoje, a companhia trilha um caminho com foco na infraestrutura logística no país, no qual planeja investir cerca de R$ 1 bilhão, e busca maior mercado no exterior. No ano passado, fechou contratos de exportação de álcool para o Japão e atualmente quer ampliar seus domínios nos EUA.

Fonte: Valor Econômico



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