Novidades em equipamentos e instalações fortalecem piscicultura em MS

19 Sep 2011
Na última semana, entre os dias 15 e 17 de setembro, o parque de exposições de Dourados/MS recebeu o II Encontro de Piscicultores de Mato Grosso do Sul. Cerca de 400 participantes, entre inscritos, imprensa e organização, estiveram no evento, que abrangeu novas técnicas de manejo, equipamentos, nutrição e até novas raças para produção.
No saguão do Exposhopping do Parque João Humberto de Carvalho, dez empresas montaram seus estandes para apresentar novos equipamentos, instalações, publicações de imprensa relacionada, projetos e rações para peixes.
Equipamentos
A Trevisan Equipamentos Agroindustriais levou uma novidade em caixa para transporte de peixes vivos. Com modelos cuja capacidade varia entre 400 e 2400 litros para carregar até 900 kg de peixes vivos ou 50.000 unidades de alevinos até 3 cm, a caixa possui mangueiras microperfuradas que economizam e distribuem melhor o oxigênio na água.
Cooperativa
O presidente da Comissão Organizadora do evento e vice-presidente da MS Peixe (Cooperativa de Aquicultores do Mato Grosso do Sul), Ademar Ferreira, disse que o estado está próximo de resolver o maior gargalo da piscicultura atualmente, que é a comercialização. De acordo com ele, em reunião com a cooperativa neste mês de setembro, o prefeito de Dourados disse que até o fim de 2012 estarão prontas as instalações de um novo frigorífico para abater até 5 toneladas de peixe por dia e que o local já nasce pronto para possível aumento de capacidade. Para ele, o estado tem grande potencial na aquicultura pela qualidade e quantidade de águas disponíveis.
Instalações
A Douramar levou até o Encontro um sistema de alto desempenho na produção comercial de peixes. É um modelo de tanques construídos para diminuir o custo de produção e que também privilegia a sustentabilidade por reutilizar ao máximo a água necessária para o funcionamento. No sistema, é possível criar qualquer espécie que depende de água. Ao redor das instalações, espelhos d’água permitem o cultivo hidropônico, arroz irrigado ou utilizar a água para redução de custos de produção de hortifrutis. “Pensamos na cadeia toda de produção, até porque o Brasil foi convidado para produzir peixe para o mundo todo. Precisamos atender essa necessidade”, explica Domingos Marcante, da Douramar. Segundo ele, o sistema pode produzir até 60 toneladas de peixes em um hectare por ano.
Veja abaixo o funcionamento da maquete no saguão do II Encontro de Piscicultores do MS:
Nutrição
O sócio-proprietário da Douramix, empresa de nutrição animal cuja linha atende também a piscicultura, explicou que a cadeia produtiva de peixes está em processo de estabelecimento no Mato Grosso do Sul. “Primeiro os criadores têm que entender de ambiente, manejo e nutrição para chegar à estabilidade. O setor está crescendo devagar e a comercialização ainda é o gargalo. Acredito que essa demanda vai acabar chamando a atenção de empresários de frigoríficos”, projetou Luiz Teodoro.
Objetivo
Para Aline Brun, gerente de Pesquisa e Inovação do Projeto Pacu e uma das palestrantes do evento, o encontro reestabelece o canal de comunicação dos pesquisadores com os produtores, promove a tecnificação do setor e fortalece os contatos estabelecidos.
Dica
Obviamente que um evento que visa incentivar a produção pode também dar dicas sobre como consumir a carne do animal. O vice-presidente da MS Peixe, Ademar Ferreira, aconselhou: “O catfish defumado é meu prato predileto. Quando ao ponto, ele fica bem vermelho e cai muito bem com uma cerveja”, brincou Ferreira.
Fonte: Rural Centro