Preços de tomate, cenoura e mais itens ficam em alta nos Ceasas do Brasil

21 Apr 2022

Exceto batata e alface, a tendência é de alta. Houve aumento no volume de vendas em relação a fevereiro e também na comparação com março de 2021

As hortaliças apresentaram em março um aumento no volume de vendas de 9,9% em relação a fevereiro e de 7,7% na comparação com o mesmo mês de 2021. É o que informa o Boletim Prohort da Conab, divulgado hoje. Quanto aos preços, a tendência nos Ceasas do País é de alta, embora a alface e a batata tenham apresentado estabilidade de preços em março de 2022. Veja o histórico de valores desde maio de 2020 e por que os itens devem ficar mais caros este mês.

 

Alface

De acordo com o documento, o que se observa no início de abril é que o movimento descendente de preços do alface na Região Sudeste se mantém, porém, na Ceagesp - São Paulo, houve um aumento de 21% na primeira semana do mês comparada aos preços de março. Chuvas que ocorreram no final do mês em regiões produtoras resultaram em menor oferta.

Outros fatores, de acordo com o Cepea/Esalq, foram a descapitalização e a insegurança dos produtores em investir na cultura, o que diminuiu a safra de verão. Nos mercados do nordeste os preços continuam subindo, com destaque para a Ceasa/PE - Recife, que teve um aumento de 104% na primeira semana de abril em relação ao mês de março, consequência das chuvas que ocorreram neste mês, naquele Estado.

 

Batata

 

No caso da batata, os preços não tiveram movimentação uniforme em março. Baixas foram verificadas na Ceasa/DF - Brasília (16,83%), Ceasa/PR - Curitiba (4,49%), Ceasa/CE - Fortaleza (2,99%) e na Ceasa/PE - Recife (2,31%). As altas ocorreram na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (10,39%), Ceasa/AC - Rio Branco (6,96%), Ceasa/ES - Vitória (6,95%), e Ceasa Minas - Belo Horizonte (5,96%). Estabilidade de preço observou-se na Ceagesp - São Paulo (variação positiva de 0,32%) e na Ceasa/GO - Goiânia (queda de 0,29%).

No primeiro decênio de abril, o declínio da oferta da safra das águas e os envios ainda insuficientes oriundos da nova safra de inverno vêm provocando alta de preços na maioria dos mercados. Os preços neste período também são pressionados pelo aumento da demanda, característico da época da Semana Santa. Desta forma, nos mercados atacadistas que abastecem Belo Horizonte/MG e o Rio de Janeiro/RJ os preços médios em abril já subiram cerca 20%, aumento este menor na Ceagesp - São Paulo (cerca de 4%).

 

Cebola

 

No caso da cebola, a tendência de alta se mantém desde o final de 2021, visto que, apesar do cenário positivo para os importadores, ainda não foi identificado impacto na redução dos preços, à exceção da Ceasa/AC - Rio Branco que registrou queda de 4,87% e da Ceasa/GO - Goiânia que manteve estabilidade de preços. A maior alta ocorreu na Ceasa Minas - Belo Horizonte (19,62%). Nos demais entrepostos os aumentos foram: na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (11,15%), Ceasa/DF - Brasília (10,54%), Ceagesp - São Paulo (9,00%), Ceasa/CE - Fortaleza (7,73%), Ceasa/ES - Vitória (5,70%), Ceasa/PE - Recife (5,49%) e na Ceasa/PR - Curitiba (3,00%). Espera-se que os preços comecem a dar sinais de queda a partir de abril, mas em pouca escala.

 

“A presença mais significativa da cebola importada no mercado, no mês em análise, não provocou queda nos preços. Isso decorre da qualidade superior da cebola argentina e, em menor volume, da chilena, quando comparadas à nacional. “Assim, a cebola importada fez com que a média de preços ficasse mais alta. Para exemplificar, na Ceasa/DF - Brasília a cebola nacional em março foi cotada a R$ 4,14 o quilo e a importada a R$ 5,95 o quilo. Abril segue a tendência inflacionária, uma vez que a oferta da safra de inverno ainda não é suficiente para compensar os aumentos verificados até o momento”, informa o boletim.

Tomate

 

De acordo com o boletim, o tomate também mantém um movimento de preços ascendente desde os últimos meses de 2021. A alta é causada tanto pela redução na oferta, acumulada em quase 10% em 2022, quanto pela alta sazonal da fase de transição de safras. Apenas em março os preços subiram 27,19%. Queda na área plantada e excesso de chuvas elevaram os preços do produto.

 

Cenoura

 

Para a cenoura, a redução na oferta chega a 30% na comparação com março do ano anterior. Este cenário pressiona uma alta histórica de preços, com inflação de 75,75% em fevereiro e de 22,08% em março. O maior aumento foi registrado na Ceasa/CE - Fortaleza (40,30%) seguido das altas na Ceasa/PR - Curitiba (38,06%), Ceasa/DF - Brasília (34,94%), CeasaMinas - Belo Horizonte (29,71%), Ceasa/ES - Vitória (18,76%), Ceagesp - São Paulo (17,88%), Ceasa/GO - Goiânia (16,34%), Ceasa/PE - Recife (16,03%) e na Ceasa/RJ - Rio de Janeiro (12,32%). Movimento descendente, com percentual bem discreto, foi registrado na Ceasa/AC - Rio Branco (3,57%). A tendência é que a alta se mantenha em abril, com possíveis quedas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Revista Globo Rural



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