Rural Centro Responde: Diferença entre Vermífugos

22 Jun 2011
"Primeiramente, parabéns pelo site. Solicitamos informações a respeito de tantas espécies de vermífugos: Abamectina, doramectina, ivermectina... Quais as diferenças entre eles?" Pergunta enviada pelo leitor Fernando Gimenez.
Além de haver diferenciações entre os tipos de moléculas que compõem os produtos, há também as diferenciações em relação à concentração do princípio ativo e ao tipo de veículo utilizado na formulação, estando este último associado à maior ou menor disponibilidade do ativo na circulação e nos tecidos alvo e ao seu tempo de ação.
Para Domingues, diante de tantas opções, a definição do produto ideal depende de uma série de fatores, tais como: propósito do tratamento (Controle Parasitas internos, Controle de carrapatos, Míiases, Controle de bernes); categoria animal (bezerros recém-nascidos, bezerros desmamados, recria, terminação); nível de desafio e infestação/infecção; raça dos animais; histórico de uso de antiparasitários x percepção de eficácia; dentre outros. Assim, a indicação mais adequada para qualquer dúvida que o usuário venha a ter é procurar um médico veterinário.
Tipos de Antiparasitários
Primeiramente, é importante ressaltar que embora o senso comum considere vermífugo como sinônimo de antiparasitário, há que se destacar que tal denominação aplica-se apenas aos produtos que combatem exclusivamente os parasitos internos – vermes gastrointestinais e pulmonares. Os produtos que combatem os parasitas externos – carrapatos, moscas, larvas das miíases, dentre outros – por sua vez, são denominados ectoparasiticidas. Há, por fim, a categoria de produtos que age tanto em parasitas internos quanto em parasitas externos, os quais recebem o nome de ENDECTOCIDAS.
Fases da Vida
A escolha do melhor vermífugo a ser utilizado depende muito da fase da vida do animal. A doramectina, aplicada numa concentração maior – 3,5% - é ideal para a fase da desmama. “Este é um momento crítico na vida do bezerro. O estresse gerado pela desmama associado a época do ano em que ocorre (usualmente no início da seca) comprometem a imunidade do animal, aumentando sua susceptibilidade aos parasitas. Além disso, o animal passa a ter contato mais intenso com o pasto para se alimentar (lembrando que o pasto é o local onde ocorre parte do ciclo de vida dos parasitas – fase de vida livre) aumentando a chance de infecção. Desta forma, a aplicação do vermífugo com princípio diferenciado e em maior concentração vai agir em duas frentes: a primeira aumentando a aniquilação parasitária (em função da maior potência do produto) e a segunda fazendo com que o efeito perdure, proporcionando maior proteção ao animal e maior segurança e produtividade ao produtor.
Outro exemplo crítico da aplicação efetiva dos vermífugos em determinada fase é o seu uso na terminação, quando o animal está a poucos meses do abate. Nesse caso, Domingues afirma que é muito comum a aplicação de outro endectocida: a Moxidectina. “Nessa fase de vida do animal, o produtor busca aumentar ao máximo a produtividade e o ganho de peso. Nessa hora os parasitas comprometem o desempenho do animal por competir pelo alimento, interferindo na conversão alimentar. A Moxidectina, por ser uma molécula exclusiva, potente e eficaz mesmo contra cepas resistentes às ivermectinas, possibilita o combate dos parasitas de forma eficiente, garantindo resultados superiores.
Para facilitar na identificação dos principais problemas do animal em cada fase da vida, e a sua solução, a Pfizer disponibilizou o quadro informativo SOLUÇÕES PFIZER com informações de cada uma delas. Para acessar, basta clicar na imagem abaixo.
Fonte: Andriolli Costa / Rural Centro