Tecnologia no campo reduz em até 30% os gastos na produção

30 May 2016

Alternativas para aumentar a produtividade sem deixar de investir em tecnologia que promova rapidez no plantio, na colheita e no armazenamento têm sido as maiores preocupações dos produtores  da região Oeste da Bahia.

Ainda que exija um volume maior de investimento, a solução está na tecnologia. Isto porque, segundo o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen,  a redução com custos de produção pode chegar a 30%  com a aplicação e uso da tecnologia certa para cada plantio.

“As tecnologias que estão aí atendem as nossas necessidades e, às vezes, se bem aplicadas ou não dão uma diferença  muito grande no custo. Para isso é preciso ter eficiência”, assegura Jacobsen. “É usar os insumos na medida certa, no momento certo. As produtividades muitas vezes estão mais ligadas ao momento da aplicação de um determinado insumo do que simplesmente pela quantidade desse insumo”. 

A rotação de culturas é também uma estratégia importante para evitar perdas. “Então o que o produtor tem que fazer é não tentar inventar a roda. Rotação de cultura é fundamental para o produtor que quer aumentar sua produtividade”, explica.

O presidente da Associação baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella, defende a eficiência da tecnologia, sobretudo no combate às pragas. “Nós não podemos deixar de investir então temos que reduzir gastos”, diz  Zanella, que aponta para uma ação conjunta de todos os produtores no trabalho de monitoramento da lavoura. 

“Os produtores no conjunto fizerem um trabalho de monitoramento e um trabalho preventivo de pragas  e doenças, nós vamos reduzir custos sem deixarmos de aplicar o dinheiro na fertilidade, na semente, nas máquinas”.

A economia pode significar, em média, R$ 540 por hectare plantado, como calcula Zanella. “Não tendo bicudo, nós vamos deixar de fazer 15 aplicações por hectare, que custa cada uma mais ou menos de R$ 36. Se multiplicar dez aplicações por R$ 36  são R$ 3,6 mil, multiplicado por 240 mil hectares está aí a grana no bolso: cerca de R$ 86,4 milhões”, explica.  

 

Precisão

Para o pesquisador da Embrapa Instrumentação Lúcio  André de Castro, o aparato tecnológico permite identificar as diferenças do solo e desenvolver um plano  específico para cada uma delas. “O novo olhar é entender o campo. O ganho normalmente é na redução de gastos com insumos, impactos ao meio ambiente porque você vai tentar fazer a coisa direcionada”.

Outro aliado para proteger a produção e trazer ganho de produtividade, de acordo com o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, Júlio Busato, está no uso de máquinas eficientes. 

“O agricultor reduz custo produzindo mais e gastando menos. Para fazer isso, temos que usar tecnologias melhores e monitorar todas as ações  e diversidades na formação destas lavouras com insumos e equipamentos adequados”, defende Busato.

Para ser sustentável é preciso olhar para a planta, como assegura o engenheiro agrônomo e membro conselheiro da Agricultura de Precisão Antônio Santi. “É a partir dela que nós podemos prever a necessidade ou não de aderir aos sistemas de irrigação, se precisamos ou não melhorar a fertilidade na lavoura. Se eu tenho informação de quanto eu produzir e qual o custo e a lucratividade, isso vai permitir avaliar ou não se eu faço uma aquisição de máquinas de uma nova tecnologia ou se vou precisar mudar uma cultivar”, completa Santi.

Fonte: CNA



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