Expoagro 2011 Dourados: mercado da ovinocultura volta a se equilibrar

19 May 2011

À esquerda da pista de julgamento da Expoagro Dourados está o galpão da ovinocultura. Diversas raças sob um mesmo teto, mostrando que os produtores estão unidos no novo momento da criação de ovinos no MS.

Segundo o criador Fábio Mirando Mori, mais conhecido como “Vermeio”, da Cabanha Vermeio, investimentos inadequados nos últimos anos fizeram com que o mercado desestabilizasse e só agora, em 2011, começasse novamente a se equilibrar. “Os criadores estão variando o capital em raças diferentes”, explicou Mori.

Outro fator que está estabilizando novamente a demanda é a quebra da importação. O país está importando menos carne de países vizinhos, como Uruguai, o que valoriza a produção interna.

Apesar dos esforços, o Brasil está longe de obter rendimentos do países com produção tecnificada. Criador da raça texel há 12 anos, Fábio fez MBA em gestão rural em uma faculdade do Texas (EUA) e visitou ainda o centro de pesquisa de ovinos em Lyon, na França. “Lá o rendimento de 60% para carcaça é normal. Aqui, se um produtor consegue 53% ele vai pra frente do frigorífico soltar rojão”, brinca Vermeio.

Outra reclamação do pecuarista é quanto a mão-de-obra qualificada. Mori afirma que leva-se pelo menos 15 anos para aprender a cadeia produtiva do ovino e que as atividades relacionadas à área são mais zootécnicas do que veterinárias. “Você perde ou salva o animal em 24 horas. Então tem que trabalhar com prevenção, e não remediando”, disse.

Vídeo: Já viu a tosquia da raça texel?

 

Fonte: José Luiz Alves Neto / Rede Rural Centro



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