Expointer 2014: show de graça e docilidade do Puro sangue Lusitano

01 Sep 2014

Dócil, belo, obediente ao comando do cavaleiro, o Puro Sangue Lusitano é atração na Expointer 2014 entre os dias 1º e 6 de setembro, no Parque Assis Brasil, em Esteio, Rio Grande do Sul.

A raça de cavalos mais antiga do mundo Ocidental, o Lusitano foi introduzido no Brasil pelos colonizadores e, posteriormente, pela família real portuguesa, vindo a se tornar o responsável pela formação de várias raças nacionais.

A presença do cavalo Lusitano na Expointer se da através de animais de criadores dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul que serão avaliados por um time de juízes no  concurso de morfologia e na aprovação de garanhões, atração desta terça-feira, 2/9, das 09h00 às 11h00 nas pistas 14 e 15; e nas apresentações livres nas noites de segunda-feira (1º/9), também nas pistas 14 e 15; quarta-feira (3), na pista PPI; e durante todo o sábado (6), em metade da pista central.

Um dos momentos mais esperados é o show de cavalos adestrados do Haras Bentinho, de Atibaia (SP), famoso em todo o País, e que mostram toda a docilidade e versatilidade do cavalo Lusitano.

Durante a Expointer, a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL) reinaugura sua sede no Parque de Exposições Assis Brasil (Rua 7 S/N, Quadra 48), onde recebe criadores e visitantes que terão acesso a informações sobre a raça.

Sobre o Puro Sangue Lusitano
Considerado o cavalo de sela mais antigo do mundo Ocidental, o Puro Sangue Lusitano se originou dos cavalos autóctones da Península Ibérica do período Paleolítico. Domesticados a partir do II milênio a.C., estes animais passaram a ser cruzados com os cavalos berberes que chegaram à região do Norte da África, quando ainda existia terra no estreito de Gibraltar, ligando os dois continentes.

Depois deste intercâmbio pré-histórico se registrou um significativo aumento da saída de equinos da Península Ibérica, especialmente durante o Império Romano (264-146 a.C.), período em que milhares destes animais circulavam da África para a Europa, da Europa para a África e por todo o interior europeu.

No século XVI, os espanhóis dominaram Portugal, proibindo exportação de equinos, a prática do toureio e, ainda, transferindo para a Espanha todos os animais de guerra que puderam confiscar em Portugal. Deixaram, no entanto, os cavalos de toureio, inadequados para a cavalaria pesada. O fato acabou salvando o cavalo Lusitano. A criação se intensificou a partir de 1756, quando D. João V submeteu todas as coudelarias à autoridade real.

Vieram às guerras Napoleônicas, e a partir do século XIX a seleção de cavalos como arma de guerra virou prioridade em Portugal e na Espanha. Com o fim da cavalaria para fins bélicos, a criação de Lusitanos passou por mais um processo rigoroso de melhoramento genético, desta vez com a intenção de produzir um cavalo para tempos de paz. Foram adotados os antigos processos de seleção, recuperando a pureza racial do cavalo Ibérico, representadas, hoje, nas linhagens básicas do Puro Sangue Lusitano.

No Brasil, os cavalos ibéricos chegaram com os colonizadores, mas por um longo período não houve mais registro de entrada destes animais no País. A história começou a mudar a partir de 1808 com a chegada dos cavalos selecionados na Real Coudelaria de Álter e trazidos pela Família Real. Em 1821, D. João VI presenteou Gabriel Francisco Junqueira, o barão de Alfenas, com o garanhão Sublime, que passou a ser usado no cruzamento com éguas nativas, originando-se destes cruzamentos as raças Mangalarga, Mangalarga Marchador e Campolina.

Com a Independência e consequente separação do Brasil de Portugal, a criação do cavalo procedente de Portugal foi extinta. Meio século depois foram registradas outras tentativas de re-introdução, sem sucesso.

Em 1972, Antonio de Toledo Mendes Pereira importou da Coudelaria Nacional, de Portugal, o garanhão Broquel, e quatro éguas. Em 1974, Ênio Monte importou o garanhão Hafiz e a égua Hortênsia com potra ao pé. Em dezembro de 1975 foi fundada a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Andaluz, onde o Stud Book registrava as raças Lusitana e Espanhola e seus cruzados. Em 1991, o Brasil celebrou um Protocolo de Reciprocidade com a Associação Portuguesa dos Criadores do Puro Sangue Lusitano, possibilitando que todos os PSL registrados no Brasil sejam registrados no Stud Book português, e em todos os países que possuem convênio análogo com Portugal. O intercâmbio levou a mudança de nome da entidade para Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL).

A partir dos anos 1990, investimentos em genética possibilitaram que o Brasil se transformasse no mais seleto plantel mundial do cavalo Lusitano, assim como o maior exportador. A década de 2000 se mostrou reveladora do potencial esportivo do PSL no Brasil, em especial na Equitação de Trabalho, com conquistas de títulos mundiais, e no Adestramento, sendo a raça formadora dos conjuntos nas Olimpíadas de Pequim e Londres, Jogos Equestres Mundiais de 2010 em Kentucky, nos Estados Unidos e em 2014 na Normandia, França, Pan do Rio/2007 e Guadalajara/2011 e Jogos Sul-Americano da Argentina/2006 e do Chile/2014.

Atualmente, a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL) contabiliza 350 sócios e um plantel de 13 mil animais. O Estado de São Paulo concentra 90% do Plantel.

Fonte: Divulgação



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