Exportações de produtos florestais aumentam em Mato Grosso

23 Jun 2015

Com a alta do dólar frente à moeda brasileira e a dificuldade para comercialização dos produtos florestais no mercado interno, a quantidade de madeira exportada por Mato Grosso aumentou 21,82% no intervalo de janeiro a maio deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Foram embarcadas 43,531 mil toneladas de produtos nos acumulado dos 5 primeiros meses de 2015, ante 35,732 mil no mesmo intervalo do ano passado.

Com o aumento da quantidade de produtos exportados e o câmbio favorável, a receita gerada com as vendas externas alcança US$ 38,428 milhões em 2015, sendo 3,94% a mais que o montante computado no mesmo período do ano passado, de US$ 36,969 milhões.

Dos produtos comercializados, os embarques de madeira tropical em bruto foram os que mais cresceram, com alta de 614% em 2015 sobre o acumulado dos 5 primeiros meses de 2014. Em volume, foram negociadas 9,377 mil toneladas a US$ 3,284 milhões neste ano.

Também se destacou a exportação de madeira compensada folheada, com incremento de 53,14% na receita comercial, que passou de U$$ 89,360 mil no acumulado dos 5 primeiros meses de 2014 para US$ 136,849 mil neste ano, alcançados com o embarque de 95 toneladas de produtos.

As exportações de madeiras tropicais serradas aumentaram 15%, saltando de US$ 4,776 milhões no ano passado para US$ 5,497 milhões neste ano. O volume comercializado no período permaneceu praticamente estável em 10 mil toneladas.

Houve crescimento anual na receita comercial gerada pelas vendas de madeira de cerejeira serrada (5,63%) e de madeiras perfiladas (7,53%).

Negativo – Em 2015, recuaram as exportações de madeiras serradas/cortadas em folhas (-18,32%), madeira de ipê, serrada (-48,73%), outras madeiras em bruto (-14,47%), madeira de cedro, serrada (-3,42%), móveis de madeira para cozinha (27,54%) e partes para móveis de madeira (-25,93%).

Para o presidente do Cipem, Geraldo Bento, é preciso melhorar as condições de comercialização da madeira no mercado interno, já que o câmbio sofre oscilações. Nesse sentido, o setor apresentou várias propostas ao governo do Estado, como a manutenção do preço de pauta da madeira, atualmente o mais elevado do país.  Segundo Bento, um reajuste neste ano no preço mínimo dos produtos madeireiros inviabilizaria ainda mais a comercialização interna.

Fatores como o alto custo de produção e o atraso na aprovação dos projetos de manejo florestal  também contribuem para esse arrefecimento das vendas internas. “As indústrias madeireiras de Mato Grosso enfrentam uma concorrência desleal em relação aos outros estados produtores e não conseguem repassar aumentos”.

Fonte: Cipem



Nosso site possui algumas políticas de privacidade. Tudo para tornar sua experiência a mais agradável possível. Para entender quais são, clique em POLÍTICA DE PRIVACIDADE. Ao clicar em Eu concordo, você aceita as nossas políticas de privacidades.