Em Goiás, avicultores suspendem venda de frango à Pif Paf

15 Jun 2011

 

Os avicultores goianos integrados à Pif Paf Alimentos, uma das maiores empresas frigoríficas do País, decidiram suspender o fornecimento de frango para a empresa, que tem unidades instaladas em Paraúna e Palmeiras de Goiás. Os cerca de 80 produtores rurais credenciados para o fornecimento das aves alegam que a indústria de aimentos vem descumprindo o contrato firmado com eles desde 2006. A Pif Paf Alimentos anunciou naquele ano investimento de R$ 260 milhões na instalação de um complexo agroindustrial em Goiás.
 
Projetos
O projeto incluia a construção de um matrizeiro, um incubatório e uma fábrica de rações no município de Paraúna e outra fábrica de rações e um abatedouro de 150 mil aves diárias, em Palmeiras de Goiás. O abate seria destinado à produção de alimentos práticos e deveria começar em março de 2008. Mas não foi isso o que aconteceu. O abate só teve início no último dia 30 de maio último, em fase de teste (de 2 a 8 mil aves por dia). O atraso de três anos foi justificado aos produtores pela crise financeira e pela a escassez de crédito do período.
 
Financiamento
Mesmo com as obras paradas, os avicultores seguiram o acordo e tomaram financiamento de até R$ 850 mil para a construção dos aviários. O presidente da Associação dos Produtores, José Renner Rates, diz que, pelo projeto de integração, o frigorífico cede pintinhos, ração e medicamentos e o pro dutor se torna responsável pelo criação e pela venda da ave, já adulta, para o frigorífico. Segundo ele, os aviários ficaram prontos antes da indústria da Pif Paf em Goiás ser finalizada. "O problema começou aí. Não havia capacidade para absorver a produção e tínhamos muita capacidade para produzir", afirma Rates.
 
Prejuízos
Temendo os prejuízos, os produtores conseguiram, em dezembro de 2010, fazer um acordo com a Superfrango, instalada em Itaberaí. Na prática, a Pif Paf os liberou por tempo determinado. A liberação teve um único objetivo: a primeira parcela da linha de crédito tomada em 2006, com carência de três anos, venceria no início desse ano. Sem a Pif Paf entrar em funcionamento, os produtores corriam risco de arcarem com as dívidas. "Precisávamos disso para pagar a primeira parcela do empréstimo. Passamos três anos tendo gastos com energia, funcionários e instalações. A situação se tornou insustentável", diz o presidente da associação.
 

 

Fonte: Jornal O Popular



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