05 Apr 2010

Seja na mujica de pintado - tradicional prato cuiabano -, no churrasco de final de semana, no cozidão cuiabano, enfim nos mais variados da gastronomia regional, lá está a mandioca e/ou seus subprodutos, como a farinha. A raiz tem muitos e diferentes sinônimos na regiões do Brasil, entre eles: aipim, castelinha, macaxeira, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre. Está presente na culinária brasileira, sendo consumida das mais variadas formas. Em Cuiabá, é também presença obrigatória e muito apreciada. Faz parte da gastronomia local e é um dos produtos de origem rural mais consumido pela população local. Pode ser encontrada em supermercados, no mercado do Porto, nas feiras de bairros, nos mercadinhos e até em bancas de verduras e legumes nas calçadas das ruas.

A grande maioria da mandioca comercializada na Grande Cuiabá vem de Chapada dos Guimarães. Segundo os produtores, o solo e o clima daquela região proporcionam ótimos resultados, daí o interesse dos agricultores nessa cultura. O produtor Sebastião Soares de Melo, que há 30 anos se dedica ao cultivo da planta, tem uma propriedade de 400 hectares em Chapada - a fazenda Folha Verde - onde utiliza 100 ha para o plantio da mandioca. A colheita é feita praticamente o ano todo, três vezes por semana, o rendimento é de 100 mil quilos de mandioca em cada uma. Depois as raízes colhidas são ensacadas e levadas para a Feira do Atacado do Verdão, em Cuiabá, onde são revendidas para toda a Capital.

Hoje eu vendo para grandes supermercados de Cuiabá e Várzea Grande e também para algumas cidades do interior. Quem compra sabe que nosso produto é de qualidade e tem boa procedência, já que tomamos todos os cuidados necessários, desde a colheita até o ensacamento e transporte, explica o produtor. Ele diz ainda que a mandioca tem que ser vendida até 8 dias após a colhida, depois disso, o produto passa a não ter o mesmo resultado na panela.

A comerciante Naide Ramos, proprietária de restaurante em Cuiabá, compra mandioca diariamente de Sebastião, que também vende no varejo. Segundo ela, o produto é de qualidade e proporciona o rendimento desejado. Nem me lembro há quantos anos sou freguesa do seu Sebastião, mas posso afirmar que o produto vendido por ele é de qualidade e fresco. Meus clientes sempre elogiam a mandioca que é servida no restaurante.

Nos últimos meses, têm chegado muitos caminhões com mandioca de Tangará da Serra ao mercado do Verdão. O que, segundo os comerciantes locais, fez com que o preço caísse um pouco em função da oferta. O saco de mandioca passou de R$ 35,00 para R$ 20,00. O comerciante José Luiz é um que compra mandioca tanto dos produtores de Chapada como de Tangará da Serra. Sua comercialização é de cerca de 50 sacos por dia para feirantes de Cuiabá e Várzea Grande. As vendas aumentaram bastante, mas o preço não está tão bom como há dois meses. Esperamos que haja uma recuperação em breve para que tenhamos maior lucratividade.

Cuiabá também recebe mandioca da comunidade de Agrovila das Palmeiras, localizada no município de Santo Antônio de Leverger, proveniente de produtores da agricultura familiar. Contudo, em pequenas quantidades e sem regularidade.

Fonte: A Gazeta



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