Está cada vez mais difícil encontrar um vaqueiro profissional em RO
28 Feb 2011
Quem é bom nesse trabalho consegue se destacar e ganhar mais. Nas agências de emprego, sobram vagas e falta mão de obra qualificada.
O Globo Rural recebeu um email de Oscar Rabelo, de Ariquemes, Rondônia, sobre a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada para trabalhar como vaqueiro na região. Ele disse também que quem é bom nesse trabalho consegue se destacar e ganhar mais. A equipe do programa foi até lá conversar com ele e ver de perto a situação.
O pecuarista Oscar Rabelo cria aproximadamente 200 cabeças de gado em uma fazenda no município de Ariquemes, região leste de Rondônia. Para o trabalho com os animais, necessita de um vaqueiro e dois auxiliares. “Dificilmente você encontra um vaqueiro de qualidade e quando encontra, o preço do salário cresce demais porque é preciso valorizar esta mão de obra de qualidade”, comentou.
Contratar um vaqueiro profissional é uma missão difícil em Rondônia. O detalhe, é que mesmo oferecendo o dobro do salário pago nas regiões leiteiras do Brasil, este tipo de mão de obra continua em falta no estado.
Na maioria das propriedades rurais de Rondônia, a ordenha é feita apenas uma vez por dia. O salário de um vaqueiro varia entre R$ 1.200 e R$ 1.500. O trabalho começa muito cedo. Às 4 horas da manhã, Kenedi Alves já está no curral para organizar mais de 100 vacas para ordenha. Além de receber o salário, o vaqueiro mora na propriedade e não tem despesa com aluguel, luz, água e transporte. “Adoro, é a melhor coisa, não tem terapia melhor do que trabalhar em sítio”, contou animado.
Na agência de empregos de Ariquemes, a procura por vaqueiros é constante. “São muitas vagas só que às vezes não têm pessoas para preencher estas vagas”, disse Junior Silva, gerente do Sine/RO.
Com a carência na mão de obra, o desemprego não assusta. Kenedi contou que quando fica desempregado, é bem fácil arrumar outro emprego.
O rebanho bovino de Rondônia dobrou na última década, passou de seis para 12 milhões de cabeças e a mão de obra especializada não cresceu na mesma proporção.
Fonte: Globo Rural