História da Raça: Vaca Jersey

02 Feb 2012

A Série História da Raça dá destaque esta semana à bovinocultura de leite e o personagem escolhido é a raça Jersey.

Origem

Jersey no Brasil

Características

Produtor em destaque

Dicas

Origem da raça Jersey

Este animal tem como origem uma peque ilha, a chamada Ilha de Jersey, na Grã-Bretanha, especificamente no Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França.

Dados da Associação dos Criadores de Gado Jersey de Minas Gerais revelam que esta raça é a criada puramente há mais tempo que qualquer outra raça bovina. Por decreto lei, em 1763, ficou proibida a entrada, na Ilha de Jersey, de qualquer animal vivo que pudesse transmitir doença aos seus bovinos.

Até hoje, os animais que vão competir em exposições fora da Ilha, devem ser vendidos, visto que sua entrada na Ilha não é mais permitida.Jersey, Vaca, Amamentando

O fato dos animais saírem e não retornar implica na pureza da raça.

Outra curiosidade referente à história desta raça é que durante a ocupação nazista entre o período de junho de 1940 a maio de 1945, os criadores da Ilha se viram obrigados a utilizar de critérios severos de seleção, pois as tropas de ocupação importavam carne bovina de outros países ocupados, como a Alemanha e a França, porém nos últimos 6 meses de ocupação eram abatidas 40 cabeças por semana, aproximadamente, um problema sério para uma região, que devido a seu pequeno território, poucas vezes comportou mais de 10 mil cabeças.

 

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Jersey no Brasil

A chegada dos primeiros exemplares no Brasil aconteceu no Rio Grande do Sul através do pecuarista Assis de Brasil, em 1896. Aproximadamente 40 anos depois, especificamente em 1938 foi criada a Associação dos Criadores de Gado Jersey no Brasil.

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Características do Animal

Entres as várias características, seguem abaixo as mais notáveis:

Leite Excelente qualidade – 5,09 quilos de gordura para cada 100 litros e 3,98 quilos para cada 100 litros. Segundo o produtor Luiz Paulo Novais de Miranda é o leite com maior quantidade de sólidos totais em relações a outras raças.
Conversão Alimentar  Transforma de forma eficiente as rações e a forragem em produção de leite e apresenta o mesmo desempenho em instalações comerciais e em programas de pastoreio.
Mais leite por área, mais leite por tonelada de forragem, e mais leite corrigido em gordura por 100 kg de peso vivo do animal.
Precocidade  Jersey deve ser inseminado dos 14 aos 18 meses. Dos 14 meses em diante, ao atingir 60% do peso da mãe, o animal deve ser insemindado, o que significa que a raça tem um custo menor para ser criada até a idade de parição e produz leite antes do que qualquer outra raça, logo podemos afirmar que o retorno do capital investido em sua criação chega logo aos 24 meses.
Longevidade  Vida longa e com alto potencial de lucro. Há exemplos de animais que ao longo dos 21 anos de idade produziu 126.857 kg/leite e 6.150 kg/gordura.
Adaptação Aqui no Brasil, pode ser criado em qualquer Estado da Federação.

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Uma história de sucesso

Vacas, Jersey

Dica para quem quer iniciar a atividade

Segue a dica de Luiz Paulo para o produtor que se interessa por criar esta raça:

O primeiro passo é procurar a Associação do seu Estado ou município. Lá os técnicos darão orientações corretas de acordo com a infraestrutura, capacidade financeira e interesse do produtor. A associação também pode ajudar o produtor a obter o registro genealógico da raça.

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Há mais de 30 anos, Luiz Paulo de Novais Miranda, médico veterinário, classificador oficial da raça Jersey e presidente da ACGJMG (Associação de Criadores de Gado Jersey em Minas Gerais) é criador desta raça.

Orgulhosamente, Luiz Paulo concedeu entrevista à Rural Centro afirmando que o Jersey é um animal altamente adaptável em qualquer canto do país, com uma ordem grande de pureza, senedo hoje a segunda raça mais vendida em todo mundo.

Além disso, o entrevistado explica que o Jersey é considerada hoje uma das poucas raças que continua em ascensão e expansão no mundo todo. Mas este fato não veio de graça, explica.

Não tem como não ter sucesso um produtor que se dedica a um bovino leiteiro que produz o leite com qualidade superior em termos de mais gordura, mais proteína e mais sólidos gerados do que as outras raças.

Novais reclama que os órgãos federais, as instituições estaduais não trablaham o Jersey de forma mais abragente porque o Brasil nçao tem uma disponibilidade suficiente de animais desta raça em volume de comercialização.

O processo de desenvolvimento comercial desta raça está mudando radicalmente, em função da própria opção dos principais compradores do leite no Brasil, como a Nestlé, por exemplo, que está optando por qualidade.

O preço médio ideal do animal em condições de produção (novilha próxima do parto) oscila entre 3,5 e 5 mil reais a cabeça. Sendo que este animal produz em méida 15 a 25 quilos de leite ao dia.

Luiz destaca que a vaca Jersey, na pior das hipóteses, é capaz de produzir 10 vezes mais o seu volume, ou seja, se ela pesa 450 quilos e fornece 15 quilos de leite ao dia, em 300 dias, ou seja, ao longo da primeira lactação, ela pode produzir até 4,5 mil quilos da bebida.

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crédito das fotos: pecuária.com.br

 

Fonte: Ana Brito / Rural Centro



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